COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL COMO FERRAMENTA DE PODER NAS EMPRESAS
Numa organização, o ato de comunicar e obter informações, seja no âmbito interno quanto externo, estão ligados aos planos de intercomunicação. O ambiente tecnológico, o organizacional, o interpessoal e o intrapessoal, todos se correlacionam e integram um sistema único na relação comunicação, informação e indivíduos.
As informações geradas dentro de uma organização são processadas por meios operacionais que compreendem sistemas tecnológicos onde serão armazenados, processados, traduzidos e distribuídos os dados informativos. Sendo o ato de se comunicar uma arte em si mesma, todos os mecanismos que dispõe uma empresa, entre eles os recursos humanos, e todo aparato tecnológico que chega em nossas mãos, os membros de uma organização devem empreender esforços a fim de colocar todos estes recursos em prática para uma comunicação satisfatória, linear, compatível com a realidade social e os objetivos da empresa. A comunicação exerce tanto poder no indivíduo que pode afetar e controlar o meio ambiente que os cerca, seja qual for sua intenção, direta ou indiretamente. É necessidade universal do ser humano estar sempre querendo saber o que se passa a sua volta.
É vital para a sociedade obter informações que nos direcione e nos mantenha situados quanto aos nossos objetivos presentes ou futuros, principalmente sobre aspectos que julgamos se significativos do nosso meio ambiente. A citação a seguir define bem esta situação: “Em certas circunstâncias, por exemplo, precisamos saber como outra pessoa se sente a nosso respeito, se nos aprova ou não. Ou podemos sentir uma necessidade de informação da parte de um superior, ou de alguém que esteja em posição que possa afetar nossos destinos” (Thayer, 1972,pg. 103).
A posse da comunicação e o controle do conteúdo informativo das organizações, tornaram-se mecanismos privilegiados de dominação, uma vez que os espaços fornecidos para a participação pública são restritos. É por meio da continuidade desse sistema opressor, que os grupos de poder instauram na minoria suas “verdades discursivas”. O conhecimento da realidade e das circunstâncias, então, é violado, à medida que as inclusões de outras vozes recebem o anonimato, são condenadas a uma prática anti-social, manifesta através do silêncio.
O poder da comunicação das empresas chega a definir grupos sociais como sendo bons ou maus, confiáveis ou não , tudo de acordo com os seus interesses.